sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Portugal entre os países que menos gastam em saúde e onde o Estado mais comparticipa

As despesas com saúde eram, em 2014, das mais baixas entre a União Europeia, em termos de percentagem do PIB. Mas Portugal está entre os países em que o Estado mais comparticipa

Portugal gastava, em 2014, 9% do produto interno bruto (PIB) com saúde, o que corresponde a 1.498 euros por habitante, revelam os dados divulgados esta quarta-feira, 15 de Fevereiro, pelo Eurostat.

Portugal é assim o 15.º país, entre 27 estados-membros da União Europeia, que menos percentagem do PIB gasta com saúde, com a França, Alemanha e Países Baixos a liderarem o "ranking", com cerca de 11% do PIB adjudicados a esta área.

Quando analisados os dados por origem de financiamento, Portugal é o sexto país onde o Estado mais comparticipa (65%), mas é também o sétimo país onde a população mais paga (27,5%) para ter acesso aos cuidados de saúde. Já os sistemas comparticipados pelas empresas correspondem a 0,8% das despesas, o que coloca Portugal em sétimo lugar.

Portugal destaca-se entre como o país que mais percentagem de despesa aloca aos cuidados curativos e de reabilitação. São 66,1% do valor total, não havendo nenhum país que igual ou supere esta percentagem, o segundo maior provém de Chipre (65,3%) e em último surge a República Checa (46,5%).

Já a percentagem alocada a cuidados preventivos (0,8%) é a quarta mais baixa, numa tabela liderada pelo Reino Unido (4,1%). Nos medicamentos, Portugal era, no ano em análise, o 10.º país com percentagem mais baixa neste segmento, onde a disparidade entre os países é enorme. A Bulgária reserva 42,7% das despesas para medicamentos, enquanto a Dinamarca reserva 9,9%. Em Portugal a percentagem é de 19,6%.

Nos cuidados prolongados, Portugal adjudicava 2,4% do bolo, o que corresponde ao 5.º país com percentagem mais baixa.

Texto completo em
"Jornal de Negócios"

Sem comentários: