sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Não há dinheiro para o SNS mas há para os hospitais privados

 
 
 
Como o sector privado da saúde vive à custa do estado. São os dinheiros públicos que dão vida e sustento aos negociantes da saúde. E como a pseudo falta de enfermeiros especialistas justifica o traficar de doentes do SNS para as clínicas privadas. Assim vai o SNS: dois exemplos:
Mais de metade dos gastos dos hospitais privados é pago pelo Estado

A informação surge numa altura em que os grupos privados de saúde contestam a atualização das tabelas de preços da ADSE, alegando que em muitos casos os valores propostos são inferiores ao ato médico.

O Estado português cobriu 51% dos gastos dos hospitais privados em 2015, segundo a última Conta Satélite da Saúde, publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), noticia o "Jornal de Negócios" esta quarta feira.

Através da ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários públicos, o Estado financia 20% da despesa corrente dos hospitais privados. Somando os pagamentos do Serviço Nacional Saúde (SNS) a prestadores de saúde privados e as deduções fiscais por despesas de saúde, o Estado suportou 51% dos hospitais privados, segundo o "Negócios".

Mais do que as familias (36,6%), do que os subsistemas de saúde privados (3,5%) e do que seguros (8,9%), o Estado acaba por ser quem mais gasta no setor privado da saúde, através do SNS (30,9%), ADSE e outros subsistemas de saúde (16,4%), deduções fiscais (3,4%) e outros (0,3%), segundo os dados do INE. (...)
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Hospital de Santa Maria encaminhou 137 mulheres para o privado

A transferência foi causada pelo fecho de consulta no Hospital de Santa Maria. Presidente da administração do CHLN é ouvido nesta quarta-feira.

O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, enviou 137 mulheres para realizarem interrupção voluntária de gravidez numa clínica privada durante o período em que a consulta esteve encerrada, no início do ano, por falta de profissionais de enfermagem.

A primeira consulta de interrupção voluntária de gravidez (IVG) no maior hospital do país esteve encerrada no início do ano por falta de enfermeiros especialistas, tendo sido retomada no dia 1 de Fevereiro. O presidente da administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), onde está integrado o Santa Maria, está nesta quarta-feira a ser ouvido no Parlamento sobre o encerramento desta consulta, a pedido do PCP.

Carlos Martins disse aos deputados que 137 utentes foram enviadas para realizar interrupção da gravidez no privado, e por escolha da mulher, durante o período de encerramento da consulta. Daquelas 137 utentes, 127 abortaram através de método cirúrgico e apenas dez o fizeram por método medicamentoso. (...)

da imprensa...

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