segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Resultado (um deles) das PPP`s na Saúde: Vila Franca de Xira. Antigo hospital foi abandonado com quase tudo lá dentro



Fecharam as portas e deixaram aparelhos, monitores, máquinas, macas, muitas camas e cadeiras. Está tudo ali, sem uso, há quatro anos e meio.

27 de agosto passado, Pedro (nome fictício) chegou ao antigo hospital de Vila Franca de Xira. Com a máquina fotográfica na mão, aproximou-se do edifício principal e começou a olhar para as janelas. Um amigo daquela zona tinha-o alertado para o facto de o Hospital Reynaldo dos Santos estar aberto, sem alarmes ou seguranças a vigiar a zona. Também já havia janelas partidas, disse-lhe.

Pedro tinha de ver com os seus próprios olhos ou não fosse ele um "caçador" assumido de fotografias em locais abandonados. Naquele domingo, logo pela manhã, reuniu um grupo de amigos e entrou no edifício.

Confirmou-se tudo o que lhe tinha sido dito. "A única coisa que eles fizeram foi emparedar as portas, mas esqueceram-se das janelas. Entrei por uma delas", conta à MAGG. "É escandaloso. Quando entrei e vi aquilo fiquei chocado."

Ao nível do chão, Pedro descobriu três ou quatro janelas destruídas. Escolheu uma e, sem grande esforço, entrou no Hospital Reynaldo dos Santos. Em menos de um minuto estava dentro do edifício principal. Seria de esperar que as salas estivessem vazias. Certo?

Errado. Duas máquinas de raio-x, várias camas de bebé, cadeiras das salas de espera por todo o lado e um bloco operatório intacto. "Camas de hospitais então, nem as contei. Era um disparate, deviam estar ali entre 100 a 200. Se tivesse de dar uma percentagem, diria que levaram 30 a 40% do hospital. 60 a 70% ficou ali."

Foi a 28 de março de 2013 que se fizeram as devidas despedidas do velhinho Hospital Reynaldo dos Santos para dar as boas-vindas ao novo Hospital de Vila Franca de Xira. Três vezes maior do que o anterior, abriu com 280 camas de internamento, nove salas do bloco de operatório, 33 gabinetes para consultas externas, três novas especialidades (hemodiálise, infeciologia e psiquiatria) e um investimento total de 108 milhões de euros. (...)

Reportagem completa em MAGG

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